Junho é o mês dos santos populares. Santo António a 13 , São João a 24 e São Pedro a 29.
Com os festejos dos santos populares vêm também as marchas populares, os manjericos, os versos populares e a sardinha assada. É assim a tradição portuguesa no mês de Junho.
A sardinha faz parte do grupo de peixes teleósteos abdominai e adquire o nome científico de "Sardina Pilchardus".
Ninguém como os Portugueses para se deliciarem com as sardinhas assadas e colocadas sobre a fatia de pão. Instintivamente, a tradição de comer sardinhas está associada à época em que o seu sabor é o melhor! Por isso, a sardinha torna-se emblema culinário das festas populares de Junho. E lá diz o ditado: "No S. João, a sardinha pinga no pão". É também um símbolo e um elemento culinário dos festejos do Santo António e é, de facto, por esta altura que a sardinha está gorda, sendo mais fácil libertar a sua pele, e fazendo com que a sua gordura embeba o pão de forma gulosa.
Durante a Idade Média, haveria até 240 dias de jejum de carne, pelo que os frutos pesqueiros seriam a base da alimentação. A sardinha assumiria um papel preponderante e primordial nesta altura. Consta mesmo que no primeiro "restaurante" instalado na Praça da Ribeira, "O Mal Cozinhado", prestar-se-iam a fritar o peixe e a servi-lo sobre fatias de pão.
A sardinha transformou-se num produto popular pelo seu preço, e vulgarizou-se a assada na brasa como a melhor forma de a saborear. A sardinha do século XX teve picos de glória e de abandono, deixando de ser prato de mesas finas ou abastadas. Para o interior iam em barricas com sal, pois para as grandes tarefas agrícolas era necessário contratar galegos, que não abdicavam de comer peixe. Outras formas de conservação levaram à criação de outro receituário, como as empadas ou bolas de sardinha.
PRA-MES GAS-POR BEL
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